O Positivismo, como se sabe, foi criado por Auguste Comte após a morte de Clotilde Vaux, sua amada, em 1846. Clotilde foi canonizada e se constituiu objeto de culto dessa religião. Enquanto as outras religiões cultuam um Deus imaterial e onipotente, o Positivismo tem como seu único Deus, a sociedade.
Comte acreditava que “a sociedade era uma totalidade orgânica passível de ser conhecida” [1] e, ao mesmo tempo, acreditava que a história dessa sociedade como a realização de formas concebidas como estágios necessários de um progresso, cuja teoria estaria formada a partir de uma ‘física social dinâmica’. Esta ‘fé-fundante’, ou seja, a concepção religiosa a respeito da sociedade refletiu posteriormente em um dos mais importantes filósofos: Emile Durkheim.
Na concepção de Durkheim, a sociedade é “uma realidade distinta das instituições e dos indivíduos, que não podem existir sem ela”[2]. É a forma da coletividade que determina as ações individuais, as quais possuem uma autêntica consciência coletiva.
É importante ressaltar que Durkheim fez parte de uma família de rabinos. Apesar de ter se interessado pelo estudo das religiões e produzido um coerente trabalho sobre o assunto, nunca se envolveu com o Positivismo de forma direta e seu estudo é fundado unicamente à partir da sociedade.
Apesar de Comte ter instituído o Positivismo, foi Durkheim quem aplicou a ciência positivista ao estudo dos fenômenos sociais.
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