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Sem Título #006

O silêncio continuava.
O único som era o da tua respiração.
E o do seu choro incessável.
O ar cheirava a mofo...e a morte.
O corpo sob a maca continuava intacto.
E ela continuava esperando...
Esperando que algo acontecesse...
A sanidade havia lhe abandonado.
Ela estava perdida
Sua sanidade era a única coisa que possuía e agora estava sem ela
A única coisa que possuía naquele momento
Era aquele corpo frio
E uma lâmina que lhe abria caminhos sangrentos nos punhos
Ela não queria nada além dele
Ouvir-lhe
Sentir-lhe
A pessoa a lhe dar prazer
A sentir teu gosto, teu cheiro...
Cheiro de morte...
A 3 dias exposto
Havia o formol que costumava passar nas borboletas mortas que colecionava
Mas não foi o suficiente
O cheiro estava insuportável
Algo precisava ser feito...
E algo foi feito.....
Precisava pensar rápido
Tres dias já havia se passado
E ela continuava ali
Sem saber o que fazer.
Ouviu passos na escada
Não queriam ser descobertos
Não naquele momento
Algo ainda precisava ser feito...
Deito-se ao lado dele
Aquele que antes lhe aquecia
Agora estava frio,
E cheirava mal
Ouviu uma voz
Que chamava pelo teu nome
Não sabia de onde vinha...mas havia
Choros, gritos e vozes a rodeava
A lâmina correu-lhe o pescoço
As vozes cessaram
Assim como o choro compulsivo
A respiração desapareceu
Apenas o cheiro
Cheiro da morte...

2 Jogaram tudo pro alto:

Iguana Ambroziana disse...

Puxa ....
não sei porque, mas me lembrou Silent Hill ...
rss...
bjos

Vanessa disse...

Já me disseram que parece com música...sei lá...acho que não parece com nada, viu... u.u

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