Tudo na vida é questão de escolha, e eu nunca vou entender como é que eu fiz para ser tão certeira nesta escolha que fiz.
Há quatro anos atrás chegou em São Paulo o gaúcho mais legal do mundo, com algumas caixas, uma mochila e uma guitarra nas costas.
A nossa casa era pequena, velha e alugada com a junção dos nossos salários mínimos. Nela, tinha apenas um colchão de solteiro e um sofá-cama. Nos primeiros dias não tinha nem energia elétrica e a gente tomava banho na água fria, mas nunca fomos tão felizes.
Ele trabalhava em casa e eu há 20 minutos de lá.
Almoçávamos juntos quando dava e eu passava a hora do almoço no bosque com ele, fazendo planos e sendo feliz.
Aos poucos as coisas foram se ajeitando. Dificuldades apareceram e foram embora, porque juntos não temos limites - embora esse tal de limite seja insistente a gente sempre conseguiu colocar ele pra correr.
Nem sempre foi fácil, mas a gente conseguiu.
Hoje, depois de quatro anos, temos três gatos engraçadinhos, um apartamento legal, uma moto que é nossa maior companheira, um amor que não para de crescer e a certeza de que a escolha de quatro anos atrás foi a melhor que poderíamos ter feito na vida. E as dificuldades? Isso é só o resto, e resto é resto.